Insatisfeito com projeto anterior, proprietário de Focus procura outra loja para então satisfazer-se com graves pra lá de estrondosos
Na vida é assim: nem sempre a gente acerta de primeira. No entanto, para cada erro, engano, ou equívoco, fica a lição, para que o mesmo não se repita. Quem subscreve essas palavras é Marcos Felipe Genizelli, paulista de 32 anos, gerente de uma concessionária de tratores e, mais importante: entusiasta de sonorização automotiva.
Marcos admite que, antes do Focus, estava habituado ao que chamamos de som para fora, e conta que esta transição para a sonorização interna de qualidade lhe rendeu algumas dores de cabeça indesejadas. “Eu procurei uma loja para fazer o som, mas não gostei do resultado em nenhum aspecto. Nem da qualidade em si, muito menos do acabamento, então precisei procurar alguém para refazer tudo”, conta.
Este certo alguém entrou na história porque foi indicado e muito elogiado por outros entusiastas, como Marcos. Trata-se de Fábio Luiz Gorodetzki, da Pirasom, de Pirassununga, interior de São Paulo. “Este projeto foi muito bacana por dois motivos. O primeiro é o fato de pegar um carro onde muita coisa estava errada, poder arrumar e entregar para o cliente do jeito que ele gostaria. O segundo é que o Marcos pediu para que eu priorizasse a força nos graves e não limitou de maneira alguma o espaço que poderíamos utilizar para chegar a este resultado. Isso é bem legal, pois difere da maioria dos casos hoje em dia, quando o cliente não quer abrir mão de nenhum milímetro sequer do porta-malas”, conta.
Sonzão?
Fábio conta que a primeira coisa que observou no Focus foi a existência de um sistema de som cheio de elementos, mas cujo resultado era decepcionante. “Um típico sonzão que não toca nada”, brinca. Além disso, Fábio se deu conta de que os profissionais que trabalharam no veículo anteriormente haviam simplesmente desabilitado recursos imprescindíveis do Focus, tais como controle do volante, computador de bordo e sensor de estacionamento.
“Eu fiquei quatro dias trabalhando apenas para voltar com a configuração original do veículo. Nem dá pra entender direito o que havia sido feito ali para tantos recursos não estarem funcionando”, lembra.
A fórmula certa
Com o veículo “resetado”, chegou o momento de trabalhar no som. Fábio substituiu o player existente por um modelo Pioneer 5780. Afinal, todo sistema de áudio que se preze começa por uma boa unidade principal.
A partir daí, o sistema prossegue com um kit duas vias Ground Zero, da linha Uranium, acomodado nos locais, mas com os falantes direcionados. Nas portas dianteiras Fábio realizou tratamento acústico com manta asfáltica.
O grande diferencial do conjunto fica mesmo para o porta-malas. Lá, Fábio criou o que chama de “caixa-esconderijo”. Como o Focus possui um kit de suspensão a ar, parte dos componentes desta suspensão foi abrigada ali.
Para que estes não comprometessem os acabamentos e o design do compartimento, Fábio elaborou uma caixa que, ao mesmo tempo em que abriga os elementos do som, seja capaz de esconder os demais acessórios da suspensão. Impecável!
A caixa, feita em MDF de 30 mm, possui duas câmaras de 56 litros cada. Cada uma abriga um subwoofer Ground Zero, modelo GZHW12XSPL, de 12”. Para que os graves de lá saíssem com a pressão e a intensidade desejadas pelo cliente, Fábio determinou que ela tivesse quatro dutos de 4”. Este par de subs é amplificado por um amplificador Soundigital modelo 3.000 da linha Evo. Já o estéreo recebe o reforço de um módulo Ground Zero, da linha Titanium, de quatro canais. Os cabos usados são da Shok Industries.
Quanta diferença…
Comparado com o Focus que entrou na loja, este Focus é outro carro. Os instrumentos da suspensão a ar ficaram escondidos sob a caixa no porta-malas. Desta maneira, Marcos não teria como verificar os parâmetros facilmente sempre que fosse preciso. Para solucionar o caso, o instalador criou um dispositivo que capta as imagens destes relógios e as transmite diretamente para a tela do seu DVD Pioneer. Assim, Marcos apenas aciona os controles que estão sob o freio de mão e ali mesmo, do assento do motorista, faz a aferição em tempo real.
Rodas Tarmac de 18” e pneus 195×35 são outros itens não originais no projeto.
Parrudo!
O resultado final é enaltecido pelo criador do projeto. “Os graves estão estupidamente fortes. Quando você está no interior do Focus, o que você vai comer só amanhã já chacoalha hoje no estômago”, brinca Fábio.
Marcos explica que a predileção pela música eletrônica é a responsável por esta necessidade de graves mais fortes e conta que a nova configuração já faz sucesso mesmo em num meio onde todos estão bem familiarizados com este tipo de projeto. “Faço parte de uma equipe de apaixonados por carros chamada Nárnia, onde os membros são entusiastas de som e também veículos rebaixados e turbinados. Nos finais de semana, em nossos encontros, onde vou sempre com o Focus, o som já faz bastante sucesso”, garante.
Como um legítimo fã de automóveis, que jamais se dá por satisfeito, Marcos já faz novas promessas. “Futuramente pretendo deixar o som ainda mais forte, talvez com a adesão de mais um par de falantes”, conta. Quando perguntado onde será realizado esse futuro serviço, ele em nenhum momento hesita. “Com o Fábio, lá na Pirasom, com certeza!”.
Contato: Equipe Nárnia https://www.facebook.com/equipenarnia.sp/.
Quem fez:
Pirasom. Tel. (19) 3562-8200.
Ficha técnica
Focus 2014
Som e multimídia
DVD Pioneer 5780
Kit duas vias Ground Zero Uranium
Amplificador Ground Zero Titanium
Amplificador Soundigital 3.000 Evo
Subwoofers Ground Zero Hydrogen 12” GZHW12XSPL
Cabos Shok Industries
Customização
Suspensão a ar
Rodas Tarmac 18”