É preciso ficar atento aos mínimos detalhes que o veículo apresenta no dia a dia para não danificar componentes fundamentais, como os pneus, por exemplo
Se você é motorista, provavelmente, já deve ter passado por uma situação delicada com seu carro. Por isso, é preciso ficar atento aos mínimos detalhes que o veículo apresenta no dia a dia para não danificar componentes fundamentais, como os pneus, por exemplo. Mas afinal, você sabe qual é a hora certa de trocá-los?
Segundo o Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), o momento ideal é quando o indicador de degaste chamado TWI é atingido, ou seja, quando ele chega em 1,6 mm de borracha – este é o limite máximo permitido na legislação brasileira. O índice fica localizado na região do ombro do pneu sinalizado por uma seta, triângulo ou a própria sigla TWI que pode ser verificada visualmente. Entretanto, com 2 mm já deve-se começar a programar a troca, pois a falta de segurança é mesma.
De acordo com o Engenheiro de Produtos e Serviços da DPaschoal, Danilo Ribeiro, o pneu é a única parte do carro que está em contato direto com o solo. “Portanto, suas perfeitas condições de trabalho devem ser mantidas para proporcionar a máxima segurança aos ocupantes e terceiros. Além da multa, um melhor consumo de combustível e conforto ao dirigir estão totalmente relacionados as boas condições destes itens”, explica.
Outro ponto de destaque, segundo o especialista, é reforçar a importância das revisões preventivas no veículo, que garantem a segurança dos passageiros e preservam as condições do automóvel. Por isso, faça este processo regularmente e em uma oficina mecânica de confiança. “A ideia é procurar um local que tenha como princípio medir e testar para avaliar a real necessidade de ter que trocar peças ou pneus com total transparência e honestidade”, afirma.
Segundo Ribeiro, após a troca dos pneus velhos por novos ou apenas a mudança de posição, conhecida também como rodízio, é recomendado o serviço de Balanceamento das Rodas para oferecer uma rodagem mais confortável, sem aquelas vibrações no volante, e o Alinhamento da Direção para garantir um perfeito contato dos pneus com o solo, melhorando a dirigibilidade, a durabilidade dos pneus e o consumo de combustível. “É importante lembrar que os serviços devem ser oferecidos individualmente aos consumidores. A ideia em realizá-los é apenas uma recomendação devido sua importância para o veículo, mas não é obrigatório”, ressalta.
Sendo assim, o especialista separou 4 sinais que devem ser atentados constantemente nos pneus, que indicam a hora certa de trocá-los. Confira!
- Desgaste irregular. Uma situação que retira o pneu de circulação de maneira prematura, ocasionada em sua maioria por desalinhamento, falta de rodízio, problemas mecânicos na suspensão, calibragem incorreta e sobrecarga. Pode-se perder até 25% do desempenho dos pneus e ter um aumento considerável de combustível por este problema, além do comprometimento da segurança e o barulho ao rodar;
- Envelhecimento. No Brasil, a recomendação de uso dos pneus segundo os fabricantes é de 5 anos, devido a sua perda gradual das propriedades químicas dos compostos utilizados na fabricação, decorrente da ação do tempo. Para saber a data, verifique os 4 últimos números do DOT, localizado na lateral do pneu, que definem a semana e o ano respectivamente, conforme exemplo: Y1RT OAEW 3019 (trigésima semana de 2019). Os pneus com mais de 5 anos devem ser analisados por um especialista. O condutor pode verificar se não há sinais de ressecamentos ou rachaduras na carcaça e bolhas – nestes casos devem ser removidos;
- Furos ou cortes. Quando o pneu sofre alguma avaria no costado (lateral) deve-se imediatamente ser substituído. Segundo os fabricantes, a estrutura lateral do pneu de passeio não aceita reparos com segurança. Portanto, fuja da ideia de querer salvar um pneu que cortou ou furou na lateral. Lembrando que na banda de rodagem os reparos também possuem um limite para consertos;
- Bolhas ou Vergões. São causados quando ocorre o rompimento dos cordonéis da carcaça devido algum impacto violento ou compressão em excesso no costado. Neste caso, a troca deve ser imediata.
A DPaschoal, por exemplo, recolhe e destina de maneira ambientalmente correta os pneus, as baterias e as peças trocadas em suas lojas. Para acompanhamento do descarte correto foi implantado o Eco Control, um sistema que permite rastrear todo o processo. Diante disso, o motorista pode escolher se prefere levar os itens trocados ou, então, acompanhar o procedimento.